A turma saudável até está gostando da história – principalmente, os fumantes passivos. Mas, quem não consegue passar sem chope e cigarro no Rio vem estranhando a dificuldade para encontrar os dois produtos em vários bairros da cidade. Comerciantes admitem que estão com os estoques quase zerados e dizem que a culpa é do Rock in Rio.
Na zona sul, amigo desta coluna percorreu seis bares e quatro bancas de jornais, onde costuma comprar cigarros. Não encontrou. “Estou com o pedido aqui na gaveta há 15 dias. Ninguém passa pra pegar”, contou a gerente de um bar. Em um dos restaurantes mais antigos de Botafogo, o dono só conseguiu servir seu conhecido chope nesta quarta-feira (25/09) porque pegou dois barris emprestados com um colega da zona norte. E tem sido assim nas duas últimas semanas: uma ação entre amigos. Quem tem um pouco mais, cede pro outro.
Segundo comerciantes, os fornecedores estão dando a mesma explicação: seja cigarro ou chope, foi quase tudo para o Rock in Rio. Em seus sete dias, o festival atraiu 600 mil pessoas – o mesmo que a população de uma cidade de porte médio. Será que a juventude está mesmo fumando e bebendo tanto assim ou tudo não passa de especulação dos fabricantes, para forçar um aumento de preços?