Além de ter ficado na memória do público que estava no Semente e ter sido postada em redes sociais, a canja que Chico Buarque deu, na madrugada de terça-feira (10/02), no bar da Lapa – e que foi noticiada pelo jornal “O Globo” – vai ser devidamente registrada.
A jornalista Patrícia Terra, que há três anos vem fazendo o documentário “Semente da Música Brasileira”, com direção sua, produção executiva de Cavi Borges, direção musical de Yamandu Costa e parceria do Canal Brasil para a finalização, vai incluir as cenas de Chico no filme, com lançamento em maio.
Chico apareceu no bar para assistir ao show do violonista Zé Paulo Becker – ele tinha feito reserva para 12 pessoas. Chegou pontualmente às 21h e ficou na mesa na companhia de Carlinhos Vergueiro e do ex-assessor de imprensa da CBF Rodrigo Paiva. O compositor bebeu cerveja, vinho chileno Mousai Chardonnay e comeu uns pasteizinhos. Yamandu deu canja e também o cantor Marcos Sacramento, que cantou “Samba e Amor”, composição de Chico, e, ao terminar, mandou beijos para ele na plateia, que retribuiu o gesto.
Lá pelas duas da madrugada, quando os músicos já haviam saído do palco foi que Chico disse que queria cantar, deixando a plateia eufórica. Então, pegou o violão e cantou “Aquela Mulher”, “Palavra de Mulher” e “Carioca”. O autor de “O irmão alemão” disse ainda que amou a noite e que pretende voltar.
O Semente, com 17 anos, é o bar mais antigo dessa nova fase da Lapa, considerado o marco zero da revitalização do bairro. Também comparado ao Blue Note americano, é frequentado por muitos nomes ligados ao choro e samba de qualidade.