Em vídeo divulgado pelo jornalista Samuel Pancher nas redes sociais (The Journal), Jair Bolsonaro aparece numa churrascaria, em Brasília, nesta quarta (27/01), em evento privado, com uma turma grande (todos sem máscara), com a presença de Ernesto Araújo, o ministro das Relações Exteriores, e de Roberto Jefferson, presidente do PTB. O Presidente pegou o microfone para falar sobre os gastos com supermercado, principalmente sobre o tão falado leite condensado, que, segundo ele, a lata seria para “enfiar no rabo da imprensa”. Os apoiadores começam a bater palma e a gritar “mito, mito, mito!”.
O Presidente também afirmou que essa conta não é da Presidência da República, cuja “fonte é outra”, disse, mas, sim, de vários ministérios (o gasto une todos os órgãos federais, e o que mais gasta é o Ministério da Defesa). Defendeu e justificou, também, o gasto de R$ 4 milhões com chicletes: “Quem já serviu o Exército, sabe o que é um ‘catanho’ (um tipo de refeição rápida), e tinha sempre um chicletinho ali dentro”.
um outro momento, ele diz que, em 2014, Dilma Rousseff comprou muito mais do produto lácteo do que ele. E, para provar, ele convidou Wagner Rosário, ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), para sua live desta quinta (28/01), no Facebook, e “demonstrar” que todos os gastos foram regulares.
Segundo consta, nos portais especializados da época, os R$ 77,3 milhões gastos, em um ano de refeições de Dilma em 2014, relacionaram-se às contas do mercado, salários do pessoal de serviços, contas do avião presidencial e às despesas com banho restaurador de prata nos utensílios domésticos. De supermercado mesmo, foi de R$ 16 milhões enquanto de Bolsonaro foi de R$ 1,8 bilhão em 2020.
Comentário: enquanto o Presidente falava, um senhor de boné e camiseta azul não tirou o garfo do prato nem por um segundo, completamente vago. Dá o play:
https://www.youtube.com/watch?v=gH24HXVv7lc&feature=emb_logo