O Museu de Arte Moderna teve uma tarde de encontros com a abertura de “Antonio Dias – O ilusionista”, em homenagem ao artista, que morreu no início de agosto deste ano. Os 58 trabalhos (feitos entre 1961 e 1983) foram reunidos pelos curadores Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes e são, em sua maioria, da coleção de Gilberto Chateaubriand, mantida em comodato desde 1993, ou do próprio acervo do museu. “Se pensarmos nas técnicas desenvolvidas para criar perspectiva e volume numa tela plana, Dias não deixa de ser um ilusionista. O título abre várias possibilidades de leitura”, comenta Cocchiarale. A exposição também inclui material documental e retratos do artista assinados por nomes, tais como: Carlos Vergara, Ivan Cardoso e Roberto Magalhães.
A diversidade surpreendeu até mesmo os experts em arte, que desconheciam vários dos trabalhos. A escritora Paola Chieregato, viúva de Dias, ficou emocionada com as reações ao reverem muitas telas; Rara Dias, filha de Antonio com a artista Iole de Freitas (que também esteve por lá), observava emocionada cada pintura. No mesmo dia, também foram inauguradas três grandes instalações na área externa do MAM, criadas pelo artista Cesar Oiticica Filho, parte da exposição “Metalinguagen”. Nos pilotis, o público interagia com duas “caixas de dança” interativas e, no jardim, um conjunto de velas de lona de 9 metros de altura com pinturas dos rostos de personagens como Marielle Franco, Anastácia, Zumbi e Dragão do Mar.