Costumo ensinar aos meus alunos, essas três palavrinhas mágicas: atenção, esforço e responsabildade!
Sem a prática desses ítens, todo e qualquer conhecimento torna-se inútil e, muitas vezes, até pernicioso.
Tenho encontrado alunos profundamente infelizes, embora considerem, em função de sua enorme cultura, meus conhecimentos primários; e até com alguma razão. Essas pessoas sabem, intelectualmente,como tudo funciona no universo: o problema é que não desenvolveram essas três qualidades indispensáveis à felicidade. A preocupação em adquirir a cultura passou dos limites; não sobrou lugar para a prática que é a “experiência”.
A sensação que fica é de que “nada adianta comigo”…
Deus, Amor, Felicidade, são experiências intransferíveis…
Felizes os pobres de espírito: deles é o reino dos céus.
A ATENÇÃO
É preciso enorme atenção, vinte e quatro horas por dia, se queremos efetivamente nos ver e conseguir o comando sobre nossos padrões de comportamento automatizados.
Costumo desenvolver a prática do “observador participante”: enquanto um “eu” observa, “o outro” participa.
De início, apenas “se” observe… sem interferir no “eu” que atua; o impulso compulsivo do comportamento é o mais forte, e impossível de dominar.
Aos poucos, de tanto ser observado, o “participante” vai naturalmente perdendo a força; observar-nos fazendo o que “não queremos fazer”, retira, em grande parte, a energia da ação.
É, nesse ponto, que entra o esforço.
Orai e vigiai.
O ESFORÇO:
O momento certo para entrarmos com o nosso “querer”, ou “livre-arbítrio”, no sentido de dominar o impulso habitual, é depois de termos atuado várias vezes com o “observador”, presenciando, conscientes, o impulso automático infantil que desejamos remover.
Esse é o momento de desenvolver o “músculo emocional”, se esforçando em parar, antes da ação.
O passo seguinte é a compreensão: usar o holograma e tentar se aproximar da visão do outro; a descoberta de que ele está reagindo, a partir de uma premissa completamente diferente da nossa, traz a compreensão, muda a percepção e dilui a energia acumulada pela aparente repressão da emoção.
A diferença entre nós e o criminoso é que ele não desenvolveu o músculo emocional.
A criação é resultado de esforço.
Tudo no universo, dos pequenos aos grandes movimentos, é pulsão, um esforço contínuo: fazemos esforço na respiração, na fala, no caminhar, trabalhar, amar, viver…
É preciso não confundir “esforço” com “luta”; um é natural, o outro, cultural.
Deus trabalhou seis dias e descansou no sétimo.
É essa a proporção entre o esforço e a inércia.
A RESPONSABILIDADE:
Palavrinha detonadora de tantos medos… e de tantos processos destrutivos de fuga!
Pelo medo de sermos castigados, se mal sucedidos, evitamos a responsabilidade e, o que é mais grave, não “ousamos” o novo.
Nos esquecemos de que um dos direitos fundamentais do homem é o de errar!
Um verdadeiro aprendizado, se faz, com a experiência; se tememos errar, caímos na inércia, e na repetição do conhecido, que já podemos manipular.
Paralisamos. Ou nos culpamos… A energia se esvai!
Usamos as palavras CULPA e RESPONSABILIDADE como sinônimos,e não são.
Vivemos o presente, na culpa do passado e no medo do futuro.
A responsabilidade é necessária em todos os nossos atos; é o ponto de equilibrio.
Se somos excessivamente responsáveis, entramos na onipotência.
Se somos irresponsáveis, caímos na culpa. A”vitima” é uma grande irresponsável.
A consciência de que a Lei de Ação e Reação é implacável nos torna responsáveis por tudo o que vivemos; transforma-se, portanto, numa fonte de aprendizado, no sentido de criar através de nossos atos o que queremos viver…! Temos medo de encarar nossa força, para não assumir a responsabilidade sobre nossas más escolhas.
Quando chegamos a esse ponto de crescimento, torna-se nossa responsabilidade neutralizar o programa anterior e nos reprogramar para a felicidade.
Jesus dizia:
“Tudo que faço, podereis fazer…”
Estamos perdendo a oportunidade de começar a usufruir do Paraiso já, desde aqui da terra!