No “Prêmio Faz Diferença”, o nosso Nobel carioca, nessa quarta (22/06), na Casa Firjan, em Botafogo, a índia Alice Pataxó, de 20 anos, estava entre as que mais chamou atenção, não só pela fala, mas também pela estética: terno com cocar. “Fico muito emocionada. Esse prêmio representa jovens que saíram dos seus territórios representando direitos coletivos e humanos. Sabemos o quanto o ativismo é perigoso, vivemos isto todo dia, mas sabemos o quanto é necessário. É a primeira vez que mulheres indígenas são premiadas nessa categoria, mas não a última, ainda temos muito a alcançar”, disse ela.
Além de Alice, Txai Suruí, de 25, representante do povo Paiter Suruí, que vive em Rondônia, e também discursou na COP26, foi homenageada na categoria País. Suruí está na Europa deixou sua marca — abriu um cartaz com a frase “save the Amazon” quando subiu ao palco para receber o Leão de Ouro do “Cannes Lions 2022”, Festival Internacional de Criatividade, na categoria “Outdoor” pela peça “O Jatobá Refugiado”, na segunda (20/06).
Entre os premiados, estão a ginasta Rebeca Andrade, Esportes; a empresa L’Oréal Brasil, em Diversidade; o cantor Roberto Carlos, na categoria Segundo Caderno/Música; a empresária Luiza Helena Trajano, na categoria Ela; e o apresentador Marcos Mion, na categoria Segundo Caderno/TV. O Tribunal Superior Eleitoral também ganhou como Personalidade do Ano, a única sem voto popular.