A artista plástica carioca Adrianna Eu abriu a mostra “Costura-se para dentro”, nessa quinta (15/08), na Luciana Caravello Arte Contemporânea, em Ipanema. Além dos 25 trabalhos inéditos — que na linguagem artística de Adrianna significam a construção da identidade de cada um —, rolou uma performance em que ela costurava um botão vermelho na roupa de alguns convidados, como na blusa da colecionadora Genny Nissenbaum (na foto acima). E claro, o figurino vai ganhar uma moldura digna de obra de arte.
Também chamava atenção “A costura do erro”, com 6 milhões de metros de linha vermelha emaranhadas no chão. A instalação leva à imagem da linha que embola na máquina e precisa ser cortada e descartada. “A ideia de descarte, do que não deu certo, do que não seguiu em linha reta, é o que me interessa”, afirma a artista.
A ideia da exposição surgiu depois de encontros da artista com a travesti Agrippina R. Manhattan e com a cantora negra e não-binário (não é exclusivamente homem ou mulher) Majur, que a levaram a pensar “na força de tudo aquilo que precisa negar as regras para simplesmente ser o que é”.