
O estoque de papel higiênico e papel-toalha do nova-iorquino John Carroll /Foto: Viviane Faver

Prateleiras da seção de frios do supermercado Key Food, no Brooklyn, em Nova York /Foto: Viviane Faver

Prateleiras vazias de supermercado no Brooklyn, em Nova York /Foto: Viviane Faver
Você já deve estar cansado de ver imagens pelas redes sociais de prateleiras vazias nos supermercados da Europa e Estados Unidos, principalmente com desfalque de papel higiênico e papel-toalha, com a pandemia do coronavírus, o que, acreditem, chegou ao Brasil.
Neste sábado (14/03), a Associação de Supermercados do Estado do Rio (ASSERJ) enviou um comunicado avisando que, até o momento, “o abastecimento nos supermercados segue dentro da normalidade. Devido ao aumento de vendas em algumas lojas, as redes de supermercados estão preparadas e tomando medidas preventivas, antecipando pedidos de compras e trabalhando com estoques mais altos do que o normal para garantir uma melhor entrega para a população. Entre os produtos mais procurados nos supermercados, estão papel higiênico, leite, sucos e alimentos congelados”.
Existe um termo para essa turma: “Infodemia”. O inglês Steven Taylor, autor do livro “The Psychology of Pandemics” (“A psicologia de pandemias”, em tradução livre), lançado três semanas antes do surto na China, disse à BBC: “A diferença dessa pandemia para outras são as redes sociais e nossa interconexão. As pessoas são expostas a fotos e textos dramáticos, e o que viraliza são as imagens de corredores e prateleiras vazios, não de pessoas fazendo compras normalmente, como é a maioria dos casos. Não previ o papel higiênico; isso é interessante. Mas, tudo o mais — a ascensão do racismo, o pânico, a apreensão, as teorias da conspiração – são coisas que surgiram em pandemias anteriores, porém foram pouco documentadas”.
Nos últimos dias, a jornalista Viviane Faver, que é brasileira e mora em Nova York, rodou nos supermercados do Brooklin e notou o efeito da “infodemia”, com prateleiras de frios, papel higiênico e álcool gel vazias. “A situação deve piorar nos próximos dias. Meu namorado, John Carroll, que é americano, comprou produtos loucamente e foi dispensado do trabalho. E estou indo de bicicleta para o trabalho evitando as aglomerações do metrô, porque as estações estão lotadas de moradores de rua. Americano é muito paranoico — as pessoas estão andando nas ruas com luvas e máscaras cirúrgicas”, conta.
Para Taylor, o papel higiênico virou um símbolo de segurança, embora não vá impedir que as pessoas sejam infectadas pelo vírus. “Quando as pessoas ficam sensíveis a infecções, aumenta a sensibilidade delas para o que é nojento. É um mecanismo para nos proteger de patógenos. Essas pessoas fazendo compras motivadas pelo pânico são geralmente ansiosas, e essa é uma pandemia das redes sociais. Somos guiados pelo chamado ‘efeito manada’. O medo é contagioso”.
Estou fora dessa loucura. Papel higiênico seria meu último item da lista.
Isso é insano.
As pessoas, na sua maioria, são comuns! Não têm defesa! Fazem o que faz o outro.Deixam para o outro a missão de dizer como deve ser suas vidas.É por isso que a depressão grassa por aí! O publicitário é inclemente na sua ação e a toda hora diz ” joguem fora ou vendam tudo que têm em casa e comprem coisas novas”! E o incauto faz isso! Até calça rasgada ele faz alguém comprar e só porque o modista decidiu comprar uma casa na Flórida e escalou você para ajudar a pagar. É demais! O resultado está aí: uma doença que nem é a pior nem mais mortal semeia o pânico! Como dizia minha mãe, sem nem saber a profundidade do dito: tente ser na vida, filho, uma pessoa extraordinária e não ordinária! Eu complemento e penso: pelo menos ser a cada da 10 pessoas ordinárias, ou 100 ou 1000! Lógico: o ideal seria a cada 1 bilhão de pessoa! Mas isso deixamos para Einstein, Newton, Flemming, Hawkins, Madre Teresa, Irmã Dulce, Ghandi, etc