A notícia é animadora, mas, diante de tantas reclamações por aí, principalmente nas redes sociais, merece uma reflexão. O setor de serviços foi o que registrou maior crescimento na economia do Estado do Rio em 2013 – e a tendência é que continue assim este ano. Segundo o IBGE, a expansão ficou em torno de 7% e foram feitas 51 mil novas contratações – nenhum outro setor gerou mais empregos. E, agora, a pergunta que muitos se fazem: a quantidade vem acompanhada de qualidade?
Do cafezinho na esquina ao corte de cabelo, do trabalho de mensageiro aos hotéis e restaurantes, passando por tantas outras atividades essenciais ao nosso dia a dia, o alto custo de vida no Rio vem sendo destacado até no exterior e é causa de indignação entre os fluminenses. Na internet, toda hora surgem comunidades dedicadas a denunciar a prática de preços abusivos e os serviços que não são nenhuma… ah, vocês sabem.
Nesta quinta-feira (23/01), uma amiga da coluna contou, abismada, que pagou R$ 4,99 por uma bebida isotônica, já geladinha, num supermercado – na prateleira, ao natural, o mesmo produto custava R$ 3,09. “Cobraram quase 2 reais pelo ‘trabalho’ de colocar na geladeira? Só paguei porque estava mesmo com muita sede. E que conta cara essa de luz, hein!”, ela observou. Sempre é bom lembrar: é o consumidor quem tem o poder de compra na mão e, no difícil equilíbrio entre procura e oferta, ele pode, sim, ser o fiel da balança.