A revolta dos cariocas com os preços praticados por ambulantes e barraqueiros nas praias não tem freio – e nem poderia ter, nesse verão pré-Copa do Mundo, onde tudo parece permitido, como já noticiamos aqui. A cada dia, surgem mais denúncias, como o coco verde a R$ 6 (e, dizem, “está barato”) e a porção de batata frita a R$ 30. O Procon ainda não colocou os pés nas areias, mas fiscalizações realizadas pela Prefeitura do Rio começam a surtir efeito para coibir outros tipos de desordem.
Nesse fim de semana (18 e 19/01), fiscais da Operação Verão, realizada pela Secretaria de Ordem Pública (Seop), com apoio da Guarda Municipal, percorreram a orla, do Flamengo a Guaratiba. Ao todo, 54 barraqueiros credenciados foram autuados; entre as irregularidades estavam a falta de tabela de preços, equipamento fora do padrão, falta de lixeira na barraca e ausência do titular. Além deles, ambulantes clandestinos tiveram espetinhos de camarão apreendidos.
E como não são apenas os comerciantes que cometem abusos, os fiscais também ficaram de olho nos banhistas: apreenderam 57 pipas com linha de cerol, interromperam a prática de 402 jogos de altinho e frescobol à beira-mar e retiraram 112 cães da areia. Nas ruas, 352 veículos foram multados por estacionamento irregular e 46, rebocados. A reboque poderia vir também a queda dos preços, mas falta o Procon entrar em campo. Ou melhor, na praia.