Você sobe a serra, escolhe um cantinho gostoso pra tomar um café ou um chocolate e acaba se encantando com uma mesinha pintada, uma almofada fofa ou uma caixinha multiuso. Nem imagina que por trás dessas peças estão pequenos empreendedores, que movimentam R$ 50 bilhões de reais por ano no Brasil.
As histórias são bem parecidas: gente com talento para trabalhos manuais, que descobriu que podia transformar o quintal de casa numa fonte de renda. Em cidadezinhas turísticas do interior ou mesmo na maior metrópole da América do Sul, a força deles impressiona. Só em São Paulo, existem 150 ruas temáticas, além de 170 galerias.
Geralmente, o começo é por acaso: o artesão faz uma coisinha pra dar de presente; daí, agrada tanto que ele não só passa a receber encomendas como vira até negócio com vendas online.
A professora de artes Márcia Medeiros percebeu o filão. Acostumada a confeccionar até carros alegóricos, adereços e fantasias, criou a própria empresa para investir em lembrancinhas artesanais e modelos diferenciados de decoração para festas.
Nem sempre, o negócio vem por necessidade financeira. A publicitária paulistana Fabiane Guimarães simplesmente cansou da rotina trânsito-escritório-metas. Largou tudo e montou um ateliê. Hoje, sem qualquer estresse, se sente realizada. “Esse mercado está cotado como o quinto melhor negócio na América Latina”, diz.
Alguém ainda acha que fru-fru não dá dinheiro?