Foi em 2002 que Roberta Sá, nascida em Natal e carioca por opção, pisou pela primeira vez num palco, no extinto Mistura Fina. Com talento e um pouquinho de sorte – uma ‘demo’ sua chegou às mãos de Gilberto Braga, que a convidou para gravar “A Vizinha do Lado”, como tema da novela “Celebridade” – o primeiro disco não demorou a ser lançado, dois anos depois.
Reconhecida como umas das belas vozes femininas no Brasil, Roberta faz show no palco da Lapa na segunda de carnaval (11/02), pelo “Rio Marchinhas” – depois da elogiadíssima temporada do “Baile do Rosa”, durante quatro sábados de janeiro e fevereiro, que ela mesma criou e apresentou no espaço Miranda, na Lagoa. “Vou ver o desfile das escolas de samba na avenida, mas não vou desfilar. E não perco o desfile do Monobloco no domingo, depois do Carnaval. Como todo ano, dou uma canja e me acabo de dançar!”, avisa a cantora.
A turnê de seu quinto disco, “Segunda pele”, não tem data pra acabar. “Acho que essa vai até o meio desse ano. Depois, com muita calma, começo a pensar nos projetos futuros”, diz Roberta. Leia sua entrevista:
UMA LOUCURA: “Essa vida mambembe que eu levo é uma loucura deliciosa”.
UMA ROUBADA: “Ficar anos sem tirar férias. Sou tão apaixonada pelo meu trabalho que às vezes esqueço. Aí tudo começa a ficar cinza e eu não sei o porquê. Aí lembro que preciso colocar os pés na areia”.
UMA IDEIA FIXA: “Tenho ideia fixa em ser feliz. Dá um trabalho… Mas é possível”.
UM PORRE: “O que eu tomei no dia do meu casamento. Foi o melhor da minha vida! Um porre coletivo de felicidade”.
UMA FRUSTRAÇÃO: “Tenho frustração por não saber administrar muito bem o tempo. Estou sempre atrasada pra algum compromisso. É cansativo ser tão atrapalhada”.
UM APAGÃO: “No dia 10 de novembro de 2009 teve um blecaute que afetou quatro estados brasileiros e 90% do território do Paraguai. Estava participando de um show do Hamilton de Holanda, no restaurante Zozô, na Urca. Foi um susto quando tudo apagou, mas depois acendemos as velas nas mesas. O público ficou em silêncio e fizemos um show lindo, todo acústico e à luz de velas. O que poderia ser um desastre se transformou em uma noite inesquecível pra todos os que estavam lá”.
UMA SÍNDROME: “Só síndrome de abstinência de casa. Não aguento muito tempo longe da minha família, das minhas coisinhas, da minha cama…”
UM MEDO: “De que algo de ruim aconteça a alguém que eu amo. Preciso que todo mundo a minha volta esteja feliz pra ficar em paz”.
UM DEFEITO: “Impaciência. Sou muito rápida e decidida, e quando encontro alguém que trabalha em outra velocidade tenho que me controlar pra não perder a paciência. É um exercício diário”.
UM DESPRAZER: “Acordar cedo. Sofro com isso desde criança. Meu relógio biológico funciona melhor na parte da noite. Produzo bem na madrugada, o que é ótimo pra minha profissão. Mas o mundo funciona em horário comercial. Quando tenho que resolver algo burocrático, preciso acordar cedo. É sempre um suplício”.
UM INSUCESSO: “Toda dieta que tento fazer. Começo várias, mas não concluo nenhuma. Não sei dizer ‘não’ a pequenos prazeres, como um belo jantar completo com amigos: entrada, prato principal, vinho e sobremesa. Comer bem é meu programa favorito. Minhas dietas sempre vão por água abaixo. Basta um telefonema com um convite!”
UM IMPULSO: “Tudo!! Sou muito impulsiva. Sempre dou passos maiores que as minhas pernas. Fazer o que se elas aguentam?”
UMA PARANOIA:” Tenho que aquecer a voz antes de todo show”.