Se não encontrei as respostas que buscava, nos diversos caminhos místicos percorridos, surpreendentemente, em uma sala de aula da faculdade de Física, encontrei a verdadeira fé, encontrei Deus, encontrei a mim mesma e, mais do que tudo, a segurança no universo de incertezas. Tornei-me uma pesquisadora de temas “sem respostas” e desenvolvi um escrupuloso método de investigação. Seguia sempre tentando encontrar a razão oculta desses fenômenos e para tudo que não havia explicação razoável dentro da ciência clássica. Sempre atenta ao conselho de um psiquiatra amigo, 50% de mim entravam na experiência, enquanto os outros 50% observavam…
Fui ao encontro de conhecidos médiuns e paranormais, mas, infelizmente, encontrei 90% de charlatães, ilusionistas e mistificadores manipulando pessoas, alguns tentando vantagens financeiras, outros histéricos e ainda outros ávidos pelo poder. Por outro lado, participei de materializações e de fenômenos que jogam por terra todas as nossas certezas, derrubando a grande maioria de teorias científicas, chegando a me submeter, juntamente com meu marido, a chocantes cirurgias no interior do Brasil.
Fui uma das primeiras brasileiras a fazer o Caminho de Santiago, após receber um convite do “mestre” do escritor Paulo Coelho para entrar para a Tradição dos Templários. Durante o caminho, 846 km de trilhas subindo e descendo montanhas, apesar dos 50 anos e fumante sedentária, entre as muitas descobertas importantes, uma em especial me marcou para sempre, deixando-me assombrada: “Não sou levada por meu corpo; eu o levo aonde quero!”. A segurança dessa descoberta permanece comigo.