Eduardo Paes e Pedro Paulo respondem crítica do secretário estadual de Segurança, Victor dos Santos /Fotos: Reprodução e Rafael Wallace/Divulgação
As respostas do prefeito Eduardo Paes e do deputado federal Pedro Paulo às acusações feitas pelo secretário estadual de Segurança Pública Victor dos Santos, que afirmou, em entrevista à GloboNews: “A desordem urbana é a regra no Rio”, sobre os ônibus sequestrados e usados como barreiras no Itanhangá. “O que os delinquentes percebem é o mesmo que todos nós: falta comando e foco na segurança pública do Governo do Estado. Enquanto não tivermos sinais claros nessa direção, infelizmente cenas assim vão se repetir, como estamos vendo hoje. Continuamos à disposição para ajudar, mas, enquanto não houver clareza de responsabilidades por parte do Estado, fica difícil! Autoridade é o principal elemento ausente no caso”, disse Paes.
A Secretaria Municipal de Ordem Pública não tem poder de polícia, como a PM do Estado. Victor ainda disse que “o controle do solo tem um ente responsável — um prédio construído por traficantes ou milícia demora muito tempo. E nisso não há qualquer controle por quem deveria controlar. É atribuição municipal promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano”.
Já Pedro Paulo, comentou: “Bandidos sequestram nove ônibus, fazem barricada, e o secretário de Segurança sugere que não é uma questão de polícia, e sim falta de ordenamento urbano municipal? É isso mesmo? Secretário, acabou a campanha. Vamos trabalhar e fazer a sua parte. Assim ficamos (ou já estamos) perdidos e sem autoridade na Segurança Pública!”
Antes da reeleição de Paes, o prefeito e o governador Cláudio Castro trocaram algumas, digamos, indelicadezas, mas no discurso da vitória, ele citou Castro: “Estamos do seu lado e a partir de hoje terminam os conflitos. Vamos trabalhar ao lado do governador”. Uma das promessas depois da eleição foi que ambos conversariam para armar uma parte da Guarda Municipal, um grupo de elite e com muito critério, discussão que vem desde 2020.