O que tem de melhor para o fim de semana? A força do seu voto, claro!
Domingão você acorda pensando no livro do Al Pacino (lançamento dia 15), na ressaca, na saúde, na felicidade, no Festival do Rio, no que for e, claro, no seu voto.
Depois de um setembro mais seco dos últimos 27 anos, outubro trouxe uma chuvinha contínua, baixando a temperatura para máxima de 23 graus. Vai ter carioca descendo o cashmere! No domingo, não chove, mas o clima continua de montanha; não importa, seu principal programa é com a urna.
De Tutty Vasques, sobre as “bets”: “Vai chegar o dia em que, a exemplo do que acontece nas cracolândias, os viciados em apostas online vão perambular em bandos pelas ruas das grandes cidades, amealhando trocados para continuar se iludindo com essa droga nova na perdição do brasileiro”.
Rolando nas redes: “Cid Moreira, talvez o único brasileiro a ler a Bíblia na integra”. O jornalista morreu nessa quinta (03/10), aos 97 anos. Ele gravou o livro inteiro em quase sete anos.
Rolando nas redes: “O Diddy olhou para o Código Penal e pensou que era uma lista de afazeres”. Sobre a novela P. Diddy, que está com mais audiência que muitas por aí — a última é que mais de 100 pessoas vão processar o rapper (cujo nome real é Sean Combs) por agressão sexual, estupro e exploração sexual. Ela nega todas.
Milton Guedes faz show no Blue Note, Copacabana, nesta sexta, às 20h.
Sidney Magal apresenta o “Baile do Magal”, no Qualistage, na Barra, nesta sexta, às 21h30.
Há 10 anos sem tocar no Rio, o guitarrista Edgard Scandurra, do Ira!, comemora 35 anos do disco “Amigos invisíveis”, no Manouche, no Jockey, sábado, às 21h.
O Festival Polifonia comemora cinco anos no Circo Voador, com as bandas Menores Atos, Esteban, Garage Fuzz, Deluxe Trio, Sound Bullet e El Toro Fuerte, sábado, a partir das 17h.
Jards Macalé, ao lado de uma banda só de mulheres, canta músicas do recente álbum “Coração bifurcado”, no Teatro Rival Petrobras, na Cinelândia, sábado, às 19h30.
O barítono sul-coreano Taehan Kim e o pianista brasileiro Marco Bernardo apresentam peças de Beethoven, Clara e Robert Schumann, no Theatro Municipal, sábado, às 18h.
No teatro, continua em cartaz “Alma despejada”, com direção de Elias Andreato, em que Irene Ravache é Teresa, uma mulher que, depois de morta, visita pela última vez a casa onde viveu. No Teatro dos Quatro, Shopping da Gávea, sábado, às 20h, e domingo, às 19h.
A Cia. Ensaio Aberto inaugura o Teatro Vianinha, no Armazém Utopia, com a peça “O banquete”, baseada em obra de Mário de Andrade. No Cais do Porto, sábado, domingo e segunda, às 20h.
Dirigida por Leona Cavalli, a peça “Caminho 22”m, da Cia Pandora, é inspirada no tarô. Conta a história de um psiquiatra abusivo que perde a mulher e a paciente mais antiga ao mesmo tempo. No Teatro Dulcina, Centro, sábado, às 19h, e domingo, às 18h.
Juliana Martins e Maitê Padilha estão em “A dona da história”, vivendo os papéis que foram de Marieta Severo e Andréa Beltrão na década de 1990. A montagem, com direção de Heitor Martinez, conta a história de uma mulher com sua versão 35 anos mais jovem. No Teatro Candido Mendes, Ipanema, sábado e domingo, às 20h.
Renata Paschoal dirige o texto inédito “Dois contra o mundo”, de Domingos Oliveira (1936-2019), com Priscilla Rozenbaum (viúva do dramaturgo) e Marcio Vito. A comédia romântica aborda etarismo, o medo de se apaixonar e a possibilidade de recomeçar a vida aos 60. Depois, deve ir para o cinema. No Teatro Domingos Oliveira, na Gávea, sexta e sábado, às 20h.
O espetáculo “Maestro Selvagem”, dirigido por Ary Coslov, conta a história do compositor de ópera brasileira Carlos Gomes. No Centro Cultural da Justiça Federal, no Centro, sábado e domingo, às 18h.
Analu Prestes estreia o monólogo “Senhor diretor”, inspirado no livro “Seminário dos Ratos”, de Lygia Fagundes Telles (1918-2022). No Espaço Abu, Copacabana, sábado e domingo, às 20h.
O multiartista Eduardo Sterblitch é “Uma Babá Quase Perfeita — O musical”, baseado na comédia dos anos 1990, na superprodução musical, interpretando a personagem que já foi de Robin Williams (1951-2014). No Teatro Multiplan, Shopping VillageMall, Barra, sábado, às 16h e 21h, e domingo, às 16h e às 20h30.
“Um jardim para Tchekhov”, de Pedro Brício, fala sobre uma atriz desempregada há três anos que quer remontar o clássico do autor russo “O jardim das cerejeiras” e recebe ajuda de um homem (Leonardo Medeiros) que diz ser o próprio Tchekhov (leia aqui a crítica de Cláudia Chaves). No CCBB, Centro, sábado, às 19h, e domingo, às 18h.
Anota aí: acabou de entrar em cartaz a exposição “Fullgás — Artes visuais e anos 1980 no Brasil”, no CCBB, com 300 obras de mais de 200 artistas. Há ainda uma performance no MAR, no sábado, às 16h, na programação da exposição “Ideias radicais sobre o amor”. E também a nova “Mulheres na xilogravura”, destacando o trabalho feminino na arte na madeira, no Museu do Folclore, no Catete.
Sábado tem Circuito Interno Bhering, na Fábrica Bhering, na Saúde, com ateliês abertos, barraquinhas de restaurantes e show de chorinho e MPB com Luz Fogaça, das 10h às 20h.
Na região, ainda está rolando o Festival Gamboa de Portos Abertos, com shows, oficinas, exposições, rodas de conversa e mais, até domingo. Na Praça da Harmonia, têm shows de Marcel Powell com Ithamara Koorax, Abayomi (sáb, 19h30 e 21h) e Orquestra Uirapuru (dom, às 21h).
E vamos falar de Festival do Rio, com mais de 250 filmes (se contar os curtas, são quase 300), em 12 cinemas e 22 salas da cidade, com maratona a partir desta sexta até 13 de outubro.
Dicas: o filme que abriu a noite de gala do festival, “Emilia Pérez”, drama premiado em Cannes e com um elenco com Selena Gomez, Zoe Saldaña, Karla Sofía Gascó, Edgar Ramírez e Adriana Paz, é forte candidato para o Oscar.
“Riefenstahl: cinema e poder” é um filme político, que mostra Leni Riefenstahl, funcionária do Nazismo, casada com um militar nazista, amiga de nazistas, entusiasta do Nazismo e uma das mais importantes propagadoras da ideologia nazista. E conseguiu convencer muita gente.
No tema político, tem também o nacional “Brizola — Anotações para uma História”, doc sobre a trajetória de luta, resistência e coragem de um homem que fez história, defendendo o socialismo democrático e a educação pública.
“Meu nome é Maria” recria os bastidores das filmagens de “O último tango em Paris”, do qual a atriz Maria Schneider saiu física e mentalmente traumatizada. Marlon Brando, seu coprotagonista no filme de Bernardo Bertolucci, é interpretado por Matt Dillon.
“Uma bela vida”, de Costa-Gavras, apresenta uma visão sobre a eutanásia ou suicídio assistido, inspirado em casos reais de pacientes terminais.
A adaptação “Eles não usam black-tie”, de Leon Hirszman para a peça de Gianfrancesco Guarnieri, tem no elenco Fernanda Montenegro.
“As aventuras de uma francesa”, com a atriz Isabelle Huppert retomando a parceria com a diretora Hong Sang-Soo, agora como uma professora de francês que vive na Coreia do Sul, dando aulas com um método extravagante.
“Bird”, da diretora a inglesa Andrea Arnold, de filmes “soco no estômago”, como “Aquário” (2009) e “Cow” (2021), apresenta uma história violenta e assustadora que, em Cannes, ganhou os adjetivos “deslumbrante” e “comovente”.
“Janis: Amores de Carnaval” é um doc feito com acervo do fotógrafo Ricky Ferreira, que acompanha a viagem da cantora Janis Joplin pelo Brasil em 1970. À época, ela buscava se livrar da heroína e causou por aqui, sendo expulsa do Copacabana Palace, e chocar o Brasil em plena Ditadura Miliar.
Dicas do jornalista Arthur Dapieve: “O quarto ao lado”, primeiro longa em inglês do espanhol Pedro Almodóvar, com Tilda Swinton e Julianne Moore, com tema atual e vencedor do Leão de Ouro em Veneza; e também “The seed of the sacred fig”, do iraniano Mohammad Rasoulof, indicado pela Alemanha, vencedor do prêmio especial do júri oficial de Cannes.
Para as datas e horários de todos os citados acima e mais títulos, clique aqui.
Além do Festival do Rio, as estreias da semana, como “Coringa — Delírio a dois”, com Joaquin Phoenix voltando a interpretar o anti-herói Arthur/Coringa na sequência de musical “jukebox”, ao lado de Arlequina (Lady Gaga), que o ajuda a enxergar o mundo de outra maneira, com direção de Todd Phillips. A crítica tem dividido opiniões; “Banel & Adama” conta a história de uma remota tribo no norte de Senegal, em que os jovens Banel e Adama se apaixonam perdidamente, mas precisam enfrentar os costumes da comunidade. O filme é o representante do Senegal para concorrer a uma vaga no Oscar. Para mais títulos, clique aqui.
Para refletir: só pode beber no fim de semana quem não está inelegível! E vamos pra rua, que a paisagem não tem custo.