Há alguns anos, minha mulher, Daniela Pacheco, mandou-me um áudio cantando um clássico da música brasileira. Fiquei emocionado e tentando imaginar como poderia retribuir tanto carinho. Foi assim que começou a minha carreira como cantor. Gravei a canção “Olha”, de Roberto e Erasmo Carlos, com orquestra, e dei de presente pra ela. Essa gravação está disponível em todas as plataformas de streaming. Por causa dessa importante conexão emocional e a partir de um convite da banda Conexão Rio, resolvemos fazer um show em homenagem ao Roberto Carlos: “As canções que não fiz para ela”, com novos arranjos que passam pelo pop, reggae e até mesmo bossa nova.
Durante muito tempo, procurei entender o universo das relações amorosas, suas razões e seus sonhos — assim, cheguei ao rei da música brasileira. Suas canções com Erasmo, seu jeito único de interpretar, como um contador de histórias vividas tornou-se a trilha sonora de gerações. Os arranjos dessa história musical, em sua maioria, têm o piano como instrumento condutor. Por todos esses motivos, resolvemos fazer esta homenagem ao artista que mais conhece da alma feminina no Brasil.
Na verdade, estamos de volta devido ao sucesso da nossa primeira temporada no Manouche.
Tocar um repertório que é trilha sonora de tantas gerações é um prazer enorme, principalmente pra mim, que toco piano, instrumento que é a base para a maioria dos arranjos dos clássicos que tocamos no show.
A música já me deu muita coisa, quero devolver um pouco de todo o carinho que sempre recebi. Estou em busca de fazer novas parcerias, tocar com amigos e fazer shows que eu gostaria de assistir.
Hoje em dia, acredito que pessoas com mais de 40 anos estão buscando se divertir, mas com qualidade: ir a shows onde o som não esteja tão alto, seja fácil comprar uma bebida, ter sempre a possibilidade de sentar, e se possível, possam estar de volta no conforto do lar antes da uma da manhã. O Manouche é o local perfeito para este show. Este é o principal motivo desta homenagem: celebrar a vida e os bons momentos vividos!
Henrique Portugal nasceu em Belo Horizonte. Filho de músicos, aprendeu a tocar piano clássico aos 5 anos, por influência do pai, também pianista. Aos 17 anos, montou sua primeira banda e, em 1987, formou-se em Economia na PUC-MG. O diploma ficou mesmo na estante. Em 1991, Henrique ganhou projeção nacional como tecladista do grupo Skank (www.skank.com.br). Com o fim da banda, em 2023, ele está dedicado à carreira-solo, preparando o lançamento do seu álbum com a Solar Bigband para o início de 2024.
Serviço:
Sexta e sábado (6 e 7 de setembro), às 21:00
Clube Manouche, subsolo da Casa Camolese (Rua Jardim Botânico, 983)
R$120,00 com 1 kg de alimento a ser doado ao Retiro dos Artistas.