Na colagem, Luiz Zerbini, Bel Lobo e Sara Venosa; e Cristina Canale /Foto: Selmy Yassuda
Morando na Alemanha desde 1993, Cristina Canale chegou ao Rio, há algumas semanas, para acompanhar a montagem e a abertura de duas exposições na Casa Roberto Marinho, no Cosme Velho, nessa quinta (15/08). Como pontuado ali nos jardins: Cristina já mistura a doçura carioca com a firmeza alemã, na vida e nos pincéis!
Canale, participante da “Geração 80”, formada na EAV do Parque Lage, mostra 40 anos do seu trabalho (uma trajetória!), com curadoria de Pollyana Quintella, em “Dar forma ao mundo”, montada no piso superior, com 50 telas de diferentes fases, trabalhos de coleções particulares e de instituições, como a Pinacoteca de São Paulo e o Inhotim, por exemplo.
E, no térreo, “Paisagem e memória” explorando o lado curadora de Canale, que selecionou 40 obras de vários pintores: Portinari, Guignard, Volpi, Tomie Ohtake, Di Cavalcanti, Ione Saldanha e Frans Krajcberg, todos da Coleção Roberto Marinho. Uma das ideias do diretor Lauro Cavalcanti é a de estabelecer diálogos contemporâneos com o Modernismo da coleção da casa, o que vai acontecer com outros artistas, tais como: Ascânio MMM, Beth Jobim, Beatriz Milhazes e Waltércio Caldas nas próximas mostras.
“O conjunto dessas duas exposições mostra meu olhar dentro de um acervo brasileiro, que é a minha origem, e, paralelamente, o meu percurso como artista plástica. São dois conjuntos de sensibilidades, com comunicações e pontes entre eles. Foi uma experiência muito rica ver esse diálogo”, diz Canale.
Grande elenco das artes plásticas, amigos da artista, ajudaram a encher a casa do Cosme Velho, como Gonçalo Ivo, que inaugura mostra neste sábado (17/08), na Pinakotheke, em Botafogo.