Foto: Getty / Lionel Bonaventure
Tirando o espetáculo de beleza e diversidade, a única coisa que vem à cabeça dos brasileiros (mais ainda dos cariocas) são as gafes e algumas “otras cositas más” sobre a abertura das Olimpíadas:
– chamaram Lady Gaga de Zizi Jeanmaire, rolou um hiato, até dizerem que o número da cantora era uma homenagem a Zizi, uma das maiores estrelas do balé francês, falecida em 2020, aos 96 anos;
– na hora das malas Louis Vuitton com as medalhas, um dos comentaristas meteu um Yves Saint Laurent;
– entre os comentários nas redes, sobre a chuva, “amanhã tá todo mundo gripado em Paris”;
– ainda sobre a chuva, de um dos comentaristas: “A chuva completa até o significado da tocha. Para quem está em casa, o desenho da tocha foi focado na igualdade, conciliação e na água. Então, a gente já viu agora um show dessas duas primeiras partes, igualdade e conciliação, que foi a fraternidade, e a água da chuva aí para fechar”;
– um deles falou que o desfile de abertura parecia desfile de carnaval e iria aproveitar esse gancho para homenagear a família da grande carnavalesca Rosa Magalhães, que morreu nesta sexta (26/07), de infarto;
– a cena do pianista Alexandre Kantorow no meio da chuva forte, tocando “Jeux d’eau”, de Maurice Ravel, lembrou o “Titanic”, quando a água bate no navio, e o pianista não para de tocar. Cruz credo!;
– na hora do hasteamento da bandeira olímpica, ela foi colocada de cabeça para baixo, com os arcos invertidos no mastro, momento mais solene e mais do que tradicional. Gafe total!;
– o auge da Santa Ceia LGBT+, as apresentações de drag queens e tudo sobre diversidade e liberdade de gênero;
– Milton Cunha, um dos apresentadores da Cazé TV para as Olimpíadas, tinha uma relação de veneração com Rosa Magalhães: estudou-a e a exaltou. E, nesta sexta, logo depois do velório, tirou o terno rosa, customizou sua jaqueta do Brasil (com o bordado do tucano cheio de brilho) para mostrar a alegria, um traço seu, na transmissão da cerimônia e, por isso, é um dos nomes mais comentados das redes;
– “E a tocha?” — Galvão Bueno passou a transmissão inteira perguntando pelo símbolo das Olimpíadas, que aparecia e sumia junto com o “Fantasma da Ópera”, o mascarado que, no fim das contas, não era ninguém famoso;
– sobre o cavalo no meio do Sena, levando a bandeira Olímpica: “Se fosse o Isaquias Queiroz, essa canoa com o cavalo já estaria lá há uns 10 minutos”;
– ainda sobre o cavalo prateado: “Se fosse no Brasil, já teriam colocado o cavalo caramelo sobrevivente da enchente no Rio Grande do Sul, e a gente estaria em lágrimas”;
– nas redes: “O conceito da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris foi basicamente irritar a extrema direita francesa”;
– ainda sobre política: “Os organizadores fizeram uma lista com o título ‘elementos que a extrema-direita odeia no mundo todo’ e colocaram todos na cerimônia de abertura;
– dos brasileiros sobre a delegação portuguesa no Sena: “Normalmente, quando eles chegam de barco a um país, levam todo o ouro”;
– se fosse o Eduardo Paes, já teria contratado o cacique Cobra Coral para não chover uma gota;
– sobre a música cantada pela dupla Juliette Armanet com o pianista Sofiane Pamart: “O mal do mundo é achar que cantar ‘Imagine’ (Beatles) resolve qualquer tipo de problema grave”;
– sobre o rapper Snoop Dogg, que participou do revezamento ao carregar a tocha na cerimônia: “Piada pronta… Snoop já acendeu a tocha” (ele é declaradamente maconheiro);
– geral em prantos com a apresentação de Céline Dion cantando Edith Piaf, aos pés da Torre Eiffel e com a Pira Olímpica sobrevoando os céus da cidade, no clássico “L’Hymne à l’amour”, sendo ovacionada;
– segundo a historiadora Lilia Schwarcz, surgiu uma nova estrela, a franco-malinense Aya Nakamura: “Ela representa a diversidade e a atual música urbana francófona e de grande influência africana. Aya, uma artista forte e linda de 29 anos, vem sendo atacada por políticos e influencers da extrema-direita francesa desde que sua participação na cerimônia foi anunciada. Um dos principais representantes da extrema-direita francesa, Zemmour, que já foi condenado por ‘provocação ao ódio racial’, declarou: e ‘para mim, as canções de Aya Nakamura não são em francês’. E quais seriam? Já a cantora, respondeu: ‘Vocês podem ser racistas, mas não surdos. É isso que faz mal para vocês! Mas eu lhes devo o que exatamente? Nada’. Razão tem ela, que não deve nada aos racistas. Foi de chorar a apresentação dela em Paris”.
– muita gente resgatando a abertura das Olimpíadas no Rio em 2016, dizendo que esculachou muito a de Paris.
– E, por fim, sempre teremos Paris!
Vou lembrar desse momento minha vida inteira! Celine Dion merece só o melhor desse mundo e nenhum sofrimento. ❤️ #Paris2024 pic.twitter.com/WRrwAxDz9h
— Dan Pimpão ️ (@DanPimpao) July 26, 2024
NIÑOS bailando con drag queens en la ceremonia de apertura de las Olimpiadas en Paris.
Francia es un país exclusivo para degenerados y los terroristas religiosos.
Ojalá corran la misma suerte que Sodoma y Gomorra. pic.twitter.com/XLgk2URQLj
— Arthur (@ArthurShelbyLLA) July 26, 2024
Apresentação completa do Gojira na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024!pic.twitter.com/fRad5dgAag
— Wikimetal (@wikimetal) July 26, 2024