Na colagem, Beatriz Milhazes e Vik Muniz; Camila Pitanga, Regina Casé, Alberto Pitta e Antonio Pitanga; e Chica Capeto e Bel Nóbrega /Fotos: Murillo Tinoco
A exposição “Outros carnavais”, com trabalhos de Alberto Pitta, na galeria Nara Roesler, em Ipanema, foi inaugurada nessa quinta (20/06). Era praticamente uma festa, desde as cores vibrantes dos trabalhos até o figurino dos convidados.
Nas paredes, as serigrafias de Pitta que revolucionaram as fantasias do carnaval baiano, escolhidas pela curadoria do artista plástico Vik Muniz, seu amigo há 24 anos. A produção apresentada tem mais de quatro décadas, junto a vários blocos — como o Olodum, do qual foi diretor artístico de 1984 a 1997 —, com tecidos, matrizes antigas e esboços, além de uma parte documental, com cadernos e livros de que participou, como “Gilberto Gil – Todas as letras” (Cia. das Letras).
No segundo andar, trabalhos recentes e inéditos: pinturas em serigrafia e óleo sobre tela, com predominância de tons de branco, que remetem aos bordados em ponto Richelieu que a mãe do artista fazia, e ainda uma instalação na claraboia da galeria, com amostra de tecido do acervo de mais de 30 anos.
“É a primeira vez desse artista gigante na Bahia no Rio, e é impressionante o Brasil desconhecer a arte desse cara. Esta mostra pode ser importante para ele, mais ainda, para o mundo da arte. Estou fazendo um favor para quem não conhece seu trabalho”, disse Vik, entre pessoas que nunca viram o artista e outras que já o conheciam, como a família inteira de Regina Casé, uma das fãs e amiga.