O projeto de Naturalização da Lagoa faz um ano nesta quinta (20/07), com visita guiada e plantio de mudas por crianças da rede de ensino e anúncio do segundo trecho a ser naturalizado, a partir das 10h. “Algumas pessoas suspeitaram da eficiência da proposta, como é de praxe. Com o tempo, a realidade vai se impondo, e os efeitos da gestão da nova área naturalizada vão acontecendo”, diz o biólogo Mario Moscatelli, coordenador do projeto junto com a paisagista Carolina Moscatelli, sua filha, parceria da Prefeitura com a subprefeitura da Zona Sul e a Fundação Rio-Águas.
A primeira vez que Mario pegou seu próprio carro e transportou mudas até à beira da Lagoa foi ainda no fim da década 1980, com outro projeto, o “Manguezal da Lagoa”, que permanece até hoje, fazendo 35 anos em outubro. “Têm coisas que você até modifica, mas vai gastar vários caminhões de dinheiro para algo de retorno modesto. Exemplo disso era esse trecho da ciclovia: bastava chover para ficar inundado, bem como o ‘gramado’ que era uma mistura de ‘grama’ e saibro exposto sem nenhuma função. Sem gastos improdutivos, optamos por uma solução já aplicada em inúmeras cidades pelo mundo: o processo de naturalização ou renaturalização de áreas degradadas. As vantagens ambientais e econômicas são inquestionáveis. Diante do que já está por aí, em termos de extremos climáticos, já passou da hora de nos reconciliarmos com as lições da Natureza e nos prepararmos, por meio de diversas técnicas, visando à redução dos impactos que virão!”, explica Mario.
A Prefeitura também vai anunciar o segundo trecho do projeto, na altura do Parque dos Patins.