As baianas e baianos do acarajé disputavam uma vaguinha pra posar ao lado do secretário-da-cultura-galã Marcelo Calero, nesta sexta (03/05), com a entrega do certificado que reconhece as habilidades desses profissionais, no pilotis do MAR, em cerimônia aberta pelo Bloco Afro Lemi Ayò. Além do documento, os vendedores de acarajé receberam a Isenção de Taxa de Uso de Área Pública (TUAP), para que possam trabalhar amparados pela lei. “Identificamos mais de 25 baianos e baianas do Acarajé, junto com a Secretaria Municipal de Ordem Pública, que agora vão poder realizar seu trabalho ainda com mais amor, dignidade e respeito”, diz Calero.
“Um dia de resistência, se pudesse definir em uma palavra. Diante de tantas desigualdades, as baianas mostram a importância de ocupar a cidade de forma cultural e simbólica, organizada”, completou Brenno Carnevale, secretário da Seop.
Alex Vieira, o Pai Pexa, por exemplo, veio da Baixada e há 2 anos e meio tem servido seu acarajé em eventos particulares, mas nunca nas ruas. Com a certificação, ele vai levar seu tabuleiro para o Aterro, na altura do posto 3, durante os fins de semana. “Agora temos um documento para trabalhar nobremente e não ter que pagar para trabalhar, na grande maioria dos eventos particulares a gente tem que pagar para poder participar”, disse.
Em 2022, a Prefeitura instituiu o programa “Baianas do Rio de Janeiro”, para promover o comércio da categoria. A SMC prevê também a elaboração de projetos e parcerias para qualificar e expandir a cultura da comida de tabuleiro.