O biólogo Mario Moscatelli faz nova denúncia sobre o despejo irregular no canal da Batista da Costa, que deságua na Lagoa, nesta sexta (19/04). Há dois dias, a água do canal da Av. Lineu de Paula Machado também estava esbranquiçada: resíduos de uma obra jogados direto na rede pluvial. Depois de denúncia e fiscalização da Águas do Rio, o local foi identificado e a obra, notificada (Rua Jardim Botânico, 660).
Segundo Mario, de nada adiantou. “Peço aos senhores prefeito e governador que interfiram na situação que, no meu entender, é bem simples: se for da mesma origem a contaminação, é caso de aplicar a lei de crimes ambientais e levar o responsável para as medidas legais cabíveis. O que não pode é ficar barato para delinquentes ambientais agirem sem ser legalmente punidos. O canal é para guiar as águas pluviais e, por enquanto, não está chovendo produto químico. Multa é pouco – agora é processo por conta de crime ambiental. O responsável pela obra precisa ser responsabilizado bem como a empresa que toca a obra. Agora é aplicar o que está escrito na lei”, diz Mario.
E continua: “É um jogo de empurra. A concessionária fez a parte dela; agora precisamos do poder de polícia, ou seja, alguém tem que pagar por isso. Se um cidadão não paga o IPVA, o carro é rebocado; se não paga IPTU, vai para a dívida ativa. Não pode é esperar o material chegar à lagoa e prejudicar a fauna e a flora”.
Atualização: a polícia ambiental foi acionada, e o local é o mesmo da quarta (17/04).