A jornalista Hildegard Angel, já reconhecida como liderança política, não deixa de ser uma grande mudança para quem sempre teve o nome associado ao colunismo social, com passagens por grandes veículos, como O Globo.
Com discursos veementes e uma constante militância digital, Hilde viu crescer o número de admiradores, sem jamais esquecer os militares: como todos sabem, seu irmão Stuart, a mãe, Zuzu, e a cunhada Sonia foram assassinados pela ditadura. Assim, pelos 60 anos do golpe de 1964, ela está à frente do “Democracia Sempre”, com uma série de palestras, que estreou nessa terça (09/04), no Teatro Casa Grande, no Leblon (devem acontecer em várias edições até o 31 de Março de 2025): “Desde a Proclamação da República, os militares dão golpes no Brasil”, disse ela numa de suas intervenções. “Precisamos estar alerta e lutar pela democracia. E quando eu digo lutar, não é com armas, até porque nós não temos armas. Quem tem armas são eles. Devemos lutar com argumentos inteligentes para fazer calar essa direita analfabeta que quer tomar conta do país”.
Apesar dos temas doloridos ali tratados, a jornalista conseguiu manter um clima leve. A certa altura, virou para um amigo e disse: “Saí do colunismo social direto para a esquerda radical, sem perder a ternura jamais”. Na plateia, o ex-deputado Nilmário Miranda, o diretor de teatro Amir Haddad, o casal Marinete e Antonio Silva, pais de Marielle Franco, e a deputada estadual Dani Balbi .