Martinho da Vila, 86 anos, o nome mais popular de Vila Isabel, lançou “Martinho da Vida” (Editora Planeta), autobiografia de 320 páginas em forma de ficção, onde o artista conversa consigo mesmo e relembra histórias jamais contadas.
As filhas e netos já dava uma longa fila, além do público que ama o sambista, tanto que foram mais de quatro horas de autógrafos. Emborcando algumas tacinhas enquanto autografava, relaxado, bem no estilo “canta, canta, minha gente, que a vida vai melhorar…”, o negócio só tumultuou quando Mart’nália chegou e derrubou a tacinha do pai, de tanto que o agarrou e beijou.
O livro foi pensado durante a pandemia e tem como personagem principal Zé Ferreira, um escritor que encontra, em sonho, com um musicista conhecido como Da Vila. A partir daí eles começam um diálogo intercalando narrativa e letras de músicas e poemas com acontecimentos vividos. “São hilárias as histórias da queda do cavalo, do sonho do Zé Ferreira de estar jogando no Vasco da Gama do tempo do Ademir Queixada, e da surra que a mãe lhe deu ao voltar para casa depois de uma fuga”, escreve o autor no texto do prefácio.
No dia 3 de abril, Martinho faz o lançamento em São Paulo,com bate-papo com Julio Maria (jornalista, crítico de música e biógrafo) e Kelly Adriano (cientista social), no Sesc Pinheiros e, no dia 27 de abril, faz show de 50 anos do LP “Canta, canta, minha gente”, no Qualistage, na Barra.