A artista visual Maria-Carmen Perlingeiro, que vive entre Genebra e Rio, inaugurou a mostra “Pedras Soltas” e lançou o livro homônimo, nessa terça (26/03), na Pinakotheke Cultural, em Botafogo. No anexo do segundo andar, trabalhos produzidos recentemente e nos últimos 25 anos e ainda alguns de meados dos anos 1990.
Uma das esculturas chamou atenção de uma das convidadas, que se perguntava ao tentar identificar uma pelagem: “Conheço essa pele de cabra! Ou será bode? Porque esse bode bicolor preto e branco só existe na Suíça”. E era do trabalho criado, há mais de 10 anos e que esteve na individual “Luz de Pedra”, no MAM, em 2012.
Os materiais usados pela artista são ouro, rochas, alabastro, pedra selenita, que, segundo ela, “irradia energia positiva, além do metal nobre, a mica, encontrada em quase todos os minérios.
Já o livro (com capa dura e 124 páginas) é trilíngue (português/francês/italiano), com formato paisagem (23,5 cm x 28,5 cm) e fotografias do suíço Loris von Siebenthal.
São apresentados textos do historiador de arte Adon Peres (Genebra) e do crítico de arte Ronaldo Brito (RJ), com citações e poemas de diferentes autores, como Eugenio Montale, José Saramago, Michael Jakob, Olga Tokarczuk e Yehuda Amichaï, num mundo conceitual e lírico que geralmente caracteriza seu trabalho.