Há 25 anos, o ator e roteirista João Rodrigo Ostrower criou o personagem “Alce do carnaval”. Desde 2000, quando existiam poucos blocos — hoje são quase 500 —, ele já balançava seu chifre de pelúcia pelas ruas.
Tanto que, para este carnaval, ele vai lançar o doc “Alce 25” em suas redes, ainda este mês, com participação dos atores Nathalia Dill, Mariana Nunes e Álamo Facó e da roteirista Renata Corrêa dando depoimentos fakes sobre as histórias dessas duas décadas e meia. “Estou me divertindo não só com as participações de uma galera incrível, que eu nunca imaginei, mas também com as lembranças de tanta coisa que o Alce já viveu”, diz ele.
A fantasia tem a mesma idade do Céu na Terra e está há mais tempo nas ruas que os tradicionais Boi Tolo e Orquestra Voadora. O personagem nasceu por acaso, quando Ostrower estava na folia de Olinda e decidiu vestir o primeiro adereço que encontrou. Com o tempo, a tiara de chifres foi se transformando de acordo com os assuntos da época, com memes, crítica política, crônica social e trocadilhos ruins – já foi “ALCE Cream” usando um vestido de sorvete; o “Distanciamento sociALCE”, em alusão à pandemia; “Onde Está wALCE”, referência ao livro “Onde Está Wally”, e assim vai. “Quando eu acho que já esgotou, surgem novidades, ou alguém dá alguma sugestão que encaixa perfeitamente”, diz Ostrower.