Entra verão e sai verão, as tempestades e as consequências delas tornaram-se cada vez mais um lugar comum. Não bastasse a insuficiência de ações preventivas para evitar mortes e tragédias, a viagem de férias do governador Cláudio Castro para a Disney nessa época do ano ainda faz lembrar a ausência de outro político carioca: em 2018, no primeiro ano de mandato, o então Prefeito do Rio decidiu dar uma pausa no carnaval para “aproveitar a folguinha” na Europa. O resultado foi uma forte chuva que deixou quatro mortos. Diferentemente do ex-prefeito, rejeitado depois nas urnas, o atual governador decidiu interromper o descanso e retornar para o país para coordenar as respostas do Poder Público
“As autoridades sabem que as prevenções não foram feitas, isso é histórico. As tempestades vieram para ficar. Isso não pode ser alegado como motivo para dizer que chuva não tem solução. Os governantes precisam atuar no planejamento do espaço urbano, construção de moradias e no aumento da infraestrutura, e se fazerem presentes quando situações como essa ocorrem”, diz Gerardo Portela, especialista em gerenciamento de riscos.