O cineasta francês Thierry Frémaux, diretor do Instituto Lumière e do Festival de Cannes, vem ao Rio para lançar o livro “Judoca” (Fósforo Editora), neste sábado (02/12), no Estação Net Botafogo. A publicação, lançada no Brasil, em outubro, recebeu o Grand Prix Sport et Littérature de 2021, da Association des Écrivains Sportifs (AES). “Eu sou faixa preta 4º dan (vai até 10). Quando você é faixa preta, é para a vida inteira, mas minha vida me conduziu para outro lugar. Os tapetes que eu agora frequento são vermelhos e levam a outros santuários”. É assim que Thierry se apresenta, sintetizando sua passagem do esporte à Sétima Arte e à relação profunda entre ambos.
Para receber o ex-judoca, jovens atletas de judô do Instituto Desportivo e Cultural Haroldo Britto, apoiados pela Clínica Jorge Jaber, na Rocinha, vão fazer uma apresentação do esporte num tatame montado no saguão. O instituto nasceu em 1997 por iniciativa do professor de judô Fernando Britto, filho de um dos pioneiros na prática do esporte no Brasil, Haroldo Britto, que dá nome ao projeto.
Já Frémaux passou a infância e a adolescência em Minguettes, na periferia de Lyon, e escreve sobre como o tatame é um espaço que ajuda a construir a personalidade dos praticantes e que extrapola as definições de hobby, esporte, luta e competição. “Eu senti a deliciosa sensação de existir. São coisas tão passageiras…”, alerta Frémaux.