Depois de nota publicada aqui, sobre a mortandade de peixes na lagoa de Jacarepaguá, nesta terça (21/11), em alerta do biólogo Mario Moscatelli, a concessionária Iguá, responsável pela revitalização do Complexo Lagunar de Jacarepaguá, entrou em contato com a coluna: “A Iguá se solidariza com a situação e esclarece que esse é um evento recorrente nos últimos 10 anos, quando uma combinação de fatores, como o aumento do volume de chuvas e da temperatura, a poluição histórica da água e as mudanças de marés típicas do período, resulta na redução da qualidade da água. Segundo parecer da consultoria Arcadis, a pluviosidade acumulada desde o fim de semana (17 a 19/11) foi de 42 mm – 32% do volume de chuva previsto para todo o mês (122mm). Ainda de acordo com a consultoria, a temperatura, que já estava alta devido à atual onda de calor, também favoreceu o aumento de matéria orgânica na lagoa, levando à baixa disponibilidade de oxigênio, principal razão para a mortandade de peixes”.
E continua: “A concessionária reafirma seu compromisso com as metas e investimentos e, ao arrematar o Bloco 2 do leilão dos serviços municipais de saneamento em 2021, além de ofertar R$ 7,2 bilhões em outorga fixa, assumiu, além das metas contratuais, investimento de R$ 250 milhões em ações diretas para a revitalização do Complexo Lagunar da Barra da Tijuca e Jacarepaguá; R$ 126 milhões em obras de implantação de coletores de tempo seco (interceptação do esgoto nas galerias da rede pluvial); e R$ 305 milhões em obras de água e esgoto nas áreas irregulares não urbanizadas”.
A empresa ainda diz que a dragagem do complexo lagunar começa em dezembro, para uma melhor oxigenação, e os coletores de tempo seco (CTS) vão evitar o esgoto — em vez de irem direto para as lagoas, vão passar pela estação de tratamento. Concluídos os trabalhos, a expectativa é que a qualidade da água esteja em uma condição superior.