O sábado (11/11) foi de arte em Botafogo, com a inauguração da mostra “Rubem Valentim (1922-1991) — Sagrada Geometria”, na Pinakotheke Cultural, eleita pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) como a melhor retrospectiva do ano passado quando foi mostrada na Pinakotheke de lá. Valentim é considerado um dos mais importantes artistas do século XX. Além de seus trabalhos em pinturas e desenhos — e os “objetos” com pintura sobre madeira —, a exposição tem um ensaio fotográfico de Christian Cravo, que veio especialmente de SP, dedicado a “Templo de Oxalá”, conjunto com 20 esculturas e 10 relevos feitos em 1974 por Valentim, da coleção do Museu de Arte Moderna da Bahia.
Acompanha a exposição o livro “Rubem Valentim (1922-1991) – Sagrada Geometria” (Edições Pinakotheke, de Camila Perlingeiro), de Bené Fonteles, artista plástico e amigo do artista, que recebia os convidados ao lado do curador Max Perlingeiro, fundador da Pinakotheke.
“É um artista extraordinário. Ele decodificou, durante 50 anos, a herança mestiça na busca obsessiva de um fazer sempre leal a sua riscadura e sentir brasileiros. Talvez seja o artista que fez melhor e mais intensamente a síntese sincrética em todas as Américas, afetadas por uma colonização brutal, que ainda atormenta a consciência no século XXI”, diz Bené, que, a pedido do artista, tornou-se o ogã (em iorubá, palavra que significa “senhor da minha casa”) do terreiro de Valentim, que passou a cuidar também de sua obra.