O Instituto Brasil-Israel vai lançar o “Guia contra o antissemitismo”, nesta quinta (09/11), Dia Internacional contra o fascismo e o antissemitismo, nas versões impressa e digital, com linguagem simples e definições. “Casos de antissemitismo têm se multiplicado, inclusive aqui no Brasil, onde, infelizmente, grande parte da sociedade tem pouca ou nenhuma informação sobre o assunto. As manifestações antissemitas já estavam crescendo, com a disseminação de grupos supremacistas e neonazistas antes mesmo da guerra Israel X Hamas. A preocupação cresce com outras vertentes, como a falsa ideia de que judeus são responsáveis por decisões tomadas pelo governo de Israel, por exemplo. No guia, explicamos o que é o ódio aos judeus em suas diferentes formas e também como combater esse crime”, diz Morris Kachani, diretor-executivo do IBI.
Em 2022, nos EUA, houve um aumento de 36% de casos. Num estudo mais amplo, de 2021, pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, em Israel, apontaram que houve “aumento dramático” desses casos em praticamente todos os países com população judaica expressiva. Quase um mês depois do início do conflito entre Israel e o Hamas, já foram noticiados casos de perseguição, ameaças e outros tipos de violência contra judeus em várias regiões. No Brasil, somente a Federação Israelita do Estado do Rio registrou 87 relatos de crimes de racismo e xenofobia contra a comunidade judaica depois do início da guerra. Antes de outubro, a média era 3,5 casos por mês. “Partimos do princípio de que nenhuma forma de discriminação é justificável, e uma sociedade saudável deve enfrentar o preconceito de maneira consistente. A luta contra o antissemitismo é a mesma que combate o racismo, a LGBT+fobia, a xenofobia, a intolerância religiosa e tantas outras, contra o ódio, o preconceito e a ignorância”, diz Ruth Goldberg, presidente do IBI.