A atriz Raquel Iantas vai lançar seu primeiro romance de autoficção, “Irina” (Janela+mapa lab), nesta terça (17/10), às 19h, com leitura dramatizada com Júlia Lemmertz, Gisele Fróes e Luiza Lemmertz, seguido de bate-papo com a autora Camila Perlingeiro, editora especializada em artes e não ficção, no Estação Net Gávea. Depois, os convidados descem para a livraria Janela, no Shopping Leblon, para a sessão de autógrafos.
O prefácio é da juíza Andréa Pacha e o texto de contracapa, de Aderbal Freire Filho (1941-2023) — o diretor foi um dos colaboradores do solo “Irina”, texto de Raquel que ela estreou nos palcos em 2017, no Sesc Copacabana. “Tivemos um grupo de teatro juntos nos anos 1990; depois que o grupo acabou, a gente continuou trabalhando junto em muitos projetos”, diz ela.
“Com quantas Raquéis se faz uma Irina? Tem uma Raquel que escreve, outra que dirige e tem a mais visível de todas, a atriz. Antes delas, tem uma que recorda e que transforma: a Raquel que modela a matéria de que é feita a vida, isto é, a memória. A memória da Raquel, que inventou todas as outras Raquéis, inventou também Irina”, diz trecho do texto de Aderbal.
O monólogo tem nove histórias independentes que misturam realidade e ficção, entre elas, a convivência com a grave doença da mãe, a paixão pela arte, os afetos e inseguranças de uma menina descendente de poloneses e ucranianos, contada cronologicamente através das suas memórias. “É uma biografia romanceada com novos cenários; acho que consegui retratar um universo que engloba todos nós. Irina, Irene, tem origem no nome gregoeiréne, que quer dizer paz, ‘a que traz a paz’, ou ‘pacificadora’. Em tempos conturbados como o que vivemos, me agrada muito a intuição de ter me levado a esse nome à época”, diz ela.