Depois de uma homenagem no Festival de Lima, no Peru, “O Mensageiro”, dirigido por Lúcia Murat, estreou nesse domingo (08/10), no Estação Net Gávea, pelo Festival do Rio. O título remete aos horrores (e à resistência revolucionária) durante a ditadura militar no Brasil, em 1969, com a história de um soldado que aceita levar uma mensagem de uma presa política para sua família. “O filme é atual por discutir questões contemporâneas, como polarização e justiça. Mostra também que, mesmo no meio do horror, existem seres humanos que se sensibilizam e se abrem para mudanças. Através do personagem de Armando, o soldado que aceita levar a mensagem, temos também a discussão sobre o impacto da violência para quem a vivenciou de perto, questionando se quem vivencia essas situações consegue escapar da perversidade e mudar de atitudes. Por isso acreditamos que terá uma grande repercussão”, diz Lúcia.
O diretor de arte é André Weller, e o elenco é formado por Floriano Peixoto, Valentina Herszage (que interpreta uma presa política), Georgette Fadel e Higor Campagnaro. Lúcia Murat, ex-presa e torturada nos anos de 1970, passou a se dedicar a filmes sobre a repressão, como “Que bom te ver viva” (1989), “Quase dois irmãos “(2004) e “A memória que me contam” (2013).