Segundo o psicólogo Marshall Rosenberg, o pai da Comunicação Não Violenta (CNV), a violência é a expressão trágica de necessidades não atendidas.
Por exemplo, algumas pessoas podem se tornar agressivas e começar a gritar diante de uma falta de empatia do interlocutor, quando não se sentem ouvidas e compreendidas. Outras podem desenvolver comportamentos violentos contra si mesmas (automutilação, consumo de drogas etc.), porque não se permitem machucar o outro ou entrar em conflito.
A empatia é uma das mais importantes necessidades do ser humano; outra, também extremamente importante, é a necessidade de conexão.
Sendo seres sociais por natureza, buscamos relacionamentos e conexões significativas com outras pessoas. Ter uma conexão emocional e social nos traz uma sensação de pertencimento, apoio emocional, compartilhamento de experiências e, em última instância, promove o nosso bem-estar psicológico. Conexões positivas nos fortalecem e são essenciais em momentos de dificuldades.
Por outro lado, a falta de conexão social e emocional pode levar a sentimentos de solidão, isolamento, tristeza e ansiedade. Pesquisas mostram que a falta de conexão pode ter um impacto negativo na saúde mental e no bem-estar geral, e estar por trás de vários vícios.
Portanto, é importante cultivar relacionamentos saudáveis e manter-se conectado com outras pessoas, seja por meio de amizades, relacionamentos familiares, comunidade, seja, até mesmo, por grupos de apoio.
Quando nos conectamos com os outros, podemos compartilhar nossos pensamentos, sentimentos e experiências, nos sentindo ouvidos e compreendidos. Essas interações podem proporcionar um senso de validação, aumentando nossa autoestima e confiança.
Além disso, a conexão com os outros nos dá um senso de propósito e significado, pois nos ajuda a entender que fazemos parte de algo maior do que nós mesmos.
Existem várias maneiras de atender às nossas necessidades de conexão. Isso pode incluir passar tempo de qualidade com amigos e familiares, participar de atividades em grupo, buscar hobbies e interesses compartilhados, praticar empatia e compaixão pelos outros ou, até mesmo, procurar terapia ou aconselhamento para receber apoio emocional adicional.
No entanto, é importante lembrar que a conexão verdadeira não se resume apenas à quantidade de relacionamentos que temos, mas sim à qualidade dessas conexões. É essencial buscar relacionamentos saudáveis, autênticos e significativos que promovam um senso de segurança, confiança, apoio mútuo e crescimento emocional.
Portanto, quando você sente uma necessidade psicológica de conexão, é importante reconhecer e procurar maneiras saudáveis de atender a essa necessidade, buscando relacionamentos e interações significativas que promovam sua saúde mental e bem-estar.
Se algum relacionamento está sendo muito tóxico pra você, não hesite em se afastar para se preservar. Cortar uma relação não costuma ser fácil, mas, às vezes, pode ser necessário.
No caso de determinados relacionamentos abusivos, pode-se até recomendar o famoso “contato zero” — um corte definitivo na relação e na comunicação com a pessoa abusiva. Se for difícil, procure ajuda de profissionais competentes que entendem de relacionamentos abusivos e de transtornos de personalidade.
Cuide-se! E boas conexões !