Vaivém intenso na abertura da exposição “Leonilson e a Geração 80”, na Pinakotheke Rio, em Botafogo, nesse fim de semana, para a homenagem dupla: os 30 anos da morte do artista cearense, um dos grandes nomes da arte contemporânea, e os 40 da mostra “Como Vai Você, Geração 80?”, em 1984, no Parque Lage. Em cada canto se via o clima criativo da EAV, tanto nos reencontros quanto nos dois módulos, as 16 obras de Leonilson e, no outro, 19 trabalhos de seus colegas contemporâneos, a famosa “Geração 80”, com nomes como Beatriz Milhazes, Chico Cunha, Gonçalo Ivo — esses estiveram na inauguração.
“É um balanço realizado no calor da hora. ‘Como Vai’ reuniu 123 artistas de idades e formações distintas, na sua grande maioria cariocas e paulistas. Se comentava na época que era ‘uma exposição carioca com apêndice paulista’. E uma das grandes revelações foi o cearense Leonilson”, conta Max Perlingeiro, curador da mostra. “Ele é a principal referência de uma geração que, saída dos anos de chumbo da ditadura, buscava recuperar a alegria, a coragem, e a ousadia de pintar o que se via, e o Brasil que se sonhava”, completa Marcus Lontra, que fez a curadoria à época. Também estão na mostra obras de Adir Sodré de, Souza, Alex Vallauri (1949-1987), Ciro Cozzolino, Daniel Senise, Fernando Barata, Gervane de Paula, Hilton Berredo, Jorge Guinle (1947-1987), Leda Catunda, Luiz Zerbini e Sérgio Romagnolo. Em cartaz até 23 de setembro.