A Central do Brasil é tão famosa que virou filme em 1998, dirigido por Walter Salles, escrito por João Emanuel Carneiro e Marcos Bernstein, com Fernanda Montenegro e Vinícius de Oliveira. Na imagem de Douglas de Paulo, a plataforma do ramal Belford Roxo, milagrosamente num raro momento vazia. O cenário parece de filme mesmo.
Na produção de Salles, Dora (Montenegro) é uma professora aposentada que trabalha como escritora de cartas para pessoas analfabetas na Central, quando ajuda Josué a encontrar o pai no Nordeste, depois de a mãe morrer atropelada.
“Central” é considerado um clássico e um dos filmes brasileiros mais importantes, rendendo uma indicação de Montenegro ao Oscar, a primeira latino-americana, a única brasileira e a única atriz já indicada ao prêmio por uma atuação em língua portuguesa — e uma indicação ao Globo de Ouro. No lançamento no Festival de Berlim, ganhou o Urso de Ouro de Melhor Filme e o Urso de Prata de Melhor Atriz. Em 2015, o filme entrou na lista dos “100 Melhores Filmes Brasileiros de Todos os Tempos”, da pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema.