Embalada por taças de vinho que jamais ficavam vazias, a carioca Mãeana fez rir e chorar a plateia lotada na noite fria dessa terça (04/07), no Manouche, no Jardim Botânico, com o show “Mãeana canta JG”. Ok, a casa é pequena, mas os ingressos se esgotaram rapidamente — “da última vez que fiz show (acho que em 2018), só tinham minha mãe e minha terapeuta na plateia”, brincou Ana Cláudia Lomelino, a Mãeana, que mantém o humor ácido durante toda a apresentação. De tão lotado, o Manouche já abriu outra data: 10 de agosto.
O show é uma homenagem a dois “Joãos”, Gilberto e Gomes, sucesso absoluto na Bahia, na Casa da Mãe, espaço cultural em Salvador, elogiada por nomes como Caetano, Regina Casé, além dos sogros, Flora e Gilberto Gil (ela se casou com Bem Gil em fevereiro). No palco, participação do cunhado, João Gil na percussão, segundo ela, “seu terceiro JG”. No final da apresentação, a cantora disse que queria ver “todo mundo sofrer”, e terminou com um hit da rainha da sofrência, Marília Mendonça.
Em outros momentos, puxou música fora da hora, esqueceu de levar a “cola” no celular para o palco, reclamou do som algumas vezes, mas fez piada da chatice do João Gilberto com seu perfeccionismo. Leu também um versículo da Bíblia que fala sobre impureza da menstruação, para emendar com “Doce Vampiro”, em homenagem a Rita Lee.