Tudo junto no Paço Imperial, no Centro, nessa quarta (28/06) – muitos dos visitantes fizeram dobradinha: um vaivém na mostra “Wilma Martins — Território da memória”, publicado aqui, e em “Aparência”, da artista plástica carioca Vitória Taborda, em outra sala.
A exposição marca o reencontro com o Rio, depois de um longo período morando em Nova York. Sua formação em arte contemporânea foi toda na cidade carioca, integrando a chamada “Geração 80”.
Com curadoria de Vera Beatriz Siqueira, são 141 trabalhos inéditos, das séries “Animale Insectum”, “Paisagismo” e “Ovo Duro”, produzidos de 2016 até hoje, reconfigurando alguns elementos da natureza. “É um trabalho puramente estético. Tenho interesse na geometria, cores e formas encontradas na natureza, como padrões/vocabulário preexistentes. Gosto também de forma antes de função”, explica a artista, cuja pesquisa começou a partir da sua mudança para a Região Serrana do Rio. “Moro numa casa no meio da Mata Atlântica, que tem uma enormidade de asas, patinhas e partes de insetos variados. Reconfigurei essas partes, assim como fiz com as plantas, colhendo galhos, folhas secas etc.”, completa.