Pensamos nas escolhas que podemos fazer com todas as coisas. Achamos também que podemos decidir quando vamos fazer alguma coisa. É o tal do livre-arbítrio. Escolher racionalmente só faz parte do nosso condicionamento, assim como todos os raciocínios que construímos só servem para validar nossa história, fazendo com que nunca enxerguemos a realidade – só as nossas referências. De fato, fazemos escolhas apenas quando conseguimos ser espontâneos e não usamos a nossa memória.
É engraçado como o Universo funciona exatamente ao contrário do nosso raciocínio lógico. Eu explico: quando adiamos uma coisa que sabemos que é o melhor, estamos agindo de forma robótica pelo nosso condicionamento de sobrevivência. Adiar não é uma escolha, é uma burrice, porque criamos um atraso no nosso amadurecimento. Nós somos os criadores da nossa realidade, mas, quando postergamos, abrimos mão de ter o controle do futuro. É como se chegasse um momento que passou do ponto, um lugar onde não há mais escolha ou mudança possível, vamos viver a consequência integral do que criamos. Não tem nada a ver com oportunidade ou aproveitamento, que são só consciências de limitação, mentiras morais e éticas.
Se sou o criador na minha vida, crio a oportunidade que eu quiser, quantas vezes eu quiser. Sem se esquecer de que existe o ponto sem retorno, como numa estrada na qual você passa o último posto de abastecimento, sem combustível suficiente para chegar ao seu destino. Escolhas só existem de verdade quando agimos pelo nosso desejo espontâneo, sem postergação, caso contrário, elas serão apenas atitudes reativas à criação de outras pessoas. Assuma o controle da sua vida, fazendo as escolhas antes que seja tarde.