Foi inaugurado, nesta quinta (04/05), o Jardim Aldir Blanc, esquina da Av. Maracanã e da Rua Marechal Trompowski, uma homenagem ao compositor que viveu na Tijuca por 40 anos. A data escolhida não foi por acaso: completam três anos da morte do autor de “O bêbado e a equilibrista” e “Dois pra lá, dois pra cá”. A festa continua no domingo (07/05), a partir das 11h, nos arredores do Jardim, com o “Furdunço pro Aldir”, com Tiago Prata e músicos amigos do tradicional Bar Bip-Bip, de Copacabana, onde Aldir vivia fazendo farra.
“Aldir é um grande poeta do Rio, uma figura muito representativa, que morreu de covid naquele momento em que a cultura mais sofreu no Brasil. Fazer essa homenagem deixa viva a memória do Aldir. Quero agradecer à família e aos amigos pelo Aldir ter feito tanto por essa cidade e por esse País”, disse Eduardo Paes em discurso.
Mary Lúcia de Sá Freire, viúva de Aldir, estava acompanhada dos filhos, netos e bisneto. “É muito emocionante e representativo para todos nós da família uma grande festa como se fosse uma despedida, que nem nós e nem milhares de famílias brasileiras pudemos fazer”, disse Mary.
O monumento incrustado no concreto é assinado pelo artista Mello Menezes e uma placa com texto do jornalista Luís Pimentel. O trabalho teve um investimento de R$ 168 mil, incluindo os serviços de manutenção, como reparo em guarda-corpo e concretagem da área.
No fim, os amigos Moacyr Luz e Moyseis Marques cantaram a inédita “4 de Maio” (composta a partir de uma melodia que Moacyr havia enviado a Aldir e encontrada em uma fita cassete por Mary), enquanto pétalas de rosas brancas eram jogadas em Aldir. “Ele era uma pessoa extraordinária, muito dedicada ao trabalho. Morei 23 anos nesta rua com ele, cada pedaço deste asfalto da Tijuca é um pouco do Aldir”, disse Moacyr.