O Centro Cultural Banco do Brasil, no Centro, é um dos 100 museus mais visitados do mundo, segundo a “The Art Newspaper”, uma espécie de guia anual online e impresso, com escritórios em Londres e NY. O CCBB aparece na 34ª posição, com 1.364.208 visitantes no ano passado. Mesmo com o esvaziamento causado pela pandemia, o que o guia levou em conta, se comparado a instituições de NY e Londres, o CCBB registrou um aumento de público de 471% em relação a 2021. Em primeiro lugar ficou o Louvre, em Paris; seguido pelo Museu do Vaticano, em Roma; e o Museu Britânico. Perderam para o carioca, o museu Van Gogh, em Amsterdã, e o Guggenheim, de Bilbao.
Nessas fotos de Leny Fontenelle da Silveira, que já apareceu aqui na coluna, está parte da mostra em cartaz, “Studio Drift – Vida em Coisas”, do coletivo holandês fundado em 2007 pelos artistas Lonneke Gordijn e Ralph Nauta — publicamos aqui a abertura. Eles criam esculturas e instalações que misturam arte, design, tecnologia, ciência e natureza — o público tem pirado! As instalações e videoprojeções foram especialmente planejadas para os espaços do CCBB, sendo remontadas para interagir organicamente com as características do prédio, como nas imagens.
No mais, o prédio é de 1880, projetado por Francisco Joaquim Béthencourt da Silva (1831-1912), arquiteto da Casa Imperial, e inaugurado como sede da Associação Comercial do Rio, em 1906. Na década de 1920 passou a pertencer ao Banco do Brasil. No fim de 1980, foi transformado em centro cultural, preservando as colunas, ornamentos, o mármore que sobe do foyer pelas escadarias, a cúpula sobre a rotunda, valorizando os diversos estilos da construção, o neoclássico, o art nouveau e o art déco.
Obs.: as obras nas imagens são baseadas no movimento de espécies de flores que se fecham à noite para se defender e preservar seus recursos, a nictinastia. As “Shylight” são esculturas que desabrocham e retornam ao seu estado original, criando uma coreografia que reproduz a nictinastia de flores reais. O trabalho nasceu depois de uma pesquisa de cinco anos a partir de diversas camadas de seda, em que um objeto inanimado parece ganhar vida.