Ahh, que falta faz a Nélida Piñon! Não só pelo talento, mas pela pessoa amorosa, alegre e bem-humorada. A medir pelas homenagens na ABL, onde ficou por quase 30 anos, como nessa quinta (09/03), com a sessão o doc “Nélida”, de Gerson Damiani, no Teatro R. Magalhães, na sede da academia, no Centro, desta vez, aberto ao público.
Nélida foi a primeira mulher presidente da ABL e recebeu prêmios, como Princesa das Astúrias de Literatura e Jabuti de Crônica. O filme mostra uma viagem pela vida da escritora, resumidos em 81 minutos.
A ideia do longa surgiu há mais de três anos, quando a escritora estava por lançar “Um Dia Chegarei a Sagres” (2020), e durante uma viagem a Portugal, onde fez anotações, gravou conversas, escreveu 512 páginas do livro à mão. Numa viagem à região espanhola da Galícia, de onde vem sua família, sentou-se, por coincidência, ao lado de Sérgio Rial, presidente do Santander. Viraram amigos, ou seja, a coisa mais comum em sua vida. Na volta ao Brasil, Piñon teve uma surpresa: o banco espanhol havia decidido patrocinar o documentário “Nélida”. Na sessão, Júlio Oliveira, coordenador de Tecnologia e Operações do Santander, falou sobre a importância dela para a cultura brasileira. Merval Pereira, presidente da ABL, também falou, assim como Gerson.