Essa visão é do pátio interno da Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, com teto modernizado com a arte da muralista Rafa Mon. Aberta ao público há 35 anos, com teatro de poltronas projetadas por Oscar Niemeyer, três salas de cinema, salas para exposições e galeria de arte. No terceiro andar, um pequeno museu com objetos que pertenceram ao pai de Laura, o médico Álvaro Alvim, pioneiro no uso de raios-X no Brasil, e neta de Angelo Agostini, precursor da caricatura nacional. Pela arte, Laura doou sua casa ao Governo do Estado do Rio, em 1983, sendo inaugurada como espaço cultural três anos depois.
Ela herdou a casa com mais dois irmãos, mas decidiu comprar a parte deles e, depois da morte do pai, passou a usar preto mantendo o hábito durante toda a sua vida. Era uma mulher que amava a arte e amiga de muitos artistas, como Fernanda Montenegro, Bibi Ferreira, Darcy Ribeiro e Tônia Carrero. Na exposição permanente, é possível encontrar, por exemplo, o pequeno palco, com cadeiras refletidas de cima a baixo, que resgata a memória afetiva dos encontros que Laura fazia com grandes nomes da arte. A casa passou por reforma para comemorar os 35 anos, uma das únicas originais na orla de Ipanema, com o “35 anos de Laura”, ideia da produtora Constelar, com patrocínio de R$ 2,5 milhões da PRIO, companhia independente de óleo e gás.
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