“Comprei o título por saber que a aceitação ao meu nome seria muito boa”, diz o economista Samuel Garson, dono do fundo Garson Crédito, antes de tirar seu nome da pedra (onde ficam expostos foto e dados dos candidatos a sócio), no Country Clube, o mais fechado de Ipanema, por saber antecipadamente que seria barrado.
A certeza da aprovação durou algum tempo, mais ainda, depois de ter falado com inúmeros conselheiros que votam e, portanto, decidem, e de sentir a melhor receptividade, daí veio a decepção, quando retirou seu nome: “De um certo momento, tudo virou — teve um conselheiro que começou a falar com os outros. Chegou a mim que a razão é que tem muito judeu no clube, e não querem que entre mais, pra não virar um Caiçaras”, diz Samuel.
Na vida de salão, questionado se voltaria a colocar seu nome na pedra, Garson responde: “Jamais vou querer passar isso novamente, considero uma intolerância religiosa. Já vendi o título”.
Um título atualmente custa, em média, R$ 450 mil e mais R$ 250 de transferência.