Nesta sexta (19/08), às 18h30, Dia do Orgulho Lésbico, a cantora e escritora Zélia Duncan vai receber a medalha Chiquinha Gonzaga, da Câmara do Rio, entregue a mulheres que reconhecidamente tenham se destacado em causas democráticas, humanitárias, artísticas e culturais. A iniciativa foi da vereadora Monica Benício, no primeiro dia do que ela chama “ação sapatão” na cidade, que vai durar mais 10 dias. “A ideia é juntar nossa galera, achar quem está isolado e lembrar que ninguém aqui está sozinho. Vamos formar coletivos para falar de nossas demandas, fazer panfletagem e papo cara-a-cara na vizinhança, em baladas, organizando encontros e festas para mostrar que sapatão constrói política pública”, diz Benício, viúva de Marielle Franco.
Zélia tem mais de 40 anos de carreira e, além de ser uma das principais vozes da MPB, é referência para lésbicas e politicamente ativa. Coincidência ou não, ela tem uma gata chamada Chiquinha, já participou de inúmeros tributos à compositora e gravou “Santa” (1903), escrita pela maestrina, acompanhada do piano de Fernanda Canaud, em 1999 – a canção encerrava cada capítulo da minissérie “Chiquinha Gonzaga, transmitida pela Rede Globo, no mesmo ano da gravação.