Desde a lei das sacolas plásticas valendo há 3 anos — em que você precisa pagar por uma ou levar as suas reutilizáveis — foram 8,1 bilhões menos sacolas no Rio, segundo a Associação de Supermercados do Estado do Rio (ASSERJ). Só no último ano, foram 2,7 bilhões de sacolas que deixaram de ir para o meio ambiente.
A associação acredita que o número poderia ser ainda maior, não fossem as leis de alguns municípios fluminenses que, ao proibirem a venda a preço de custo, fazem com que seu consumo aumente e, como consequência, o descarte irregular, poluindo o mar, rios e a cidade — as sacolas entopem a drenagem urbana, causando inundações, e prejudicam a vida marinha.
A lei do deputado estadual Carlos Minc superou as expectivas, que eram de 2 bilhões a menos em sacolas por ano. “A lei nunca foi contra o uso do plástico, mas quando dizemos que algo é descartável, dizemos que o meio ambiente é uma lata de lixo que não suporta todo material que recebe”, diz Minc.
As atuais têm mais de 51% de material reciclável e os supermercados cobram o preço de custo, que varia de R$ 0,5 a R$ 0,10, e não gera lucro algum, sendo apenas para desestimular o uso. “Em três anos, conseguimos atingir um número impressionante. Quem ganha somos todos nós, com a diminuição da poluição de um produto que leva 100 anos para se decompor”, diz Fábio Queiróz, presidente da ASSERJ.