Esta semana, a Revolta dos 18 do Forte (ou Revolta do Forte de Copacabana) completa 100 anos. Esse episódio foi um dos vários movimentos de parte do Exército Brasileiro contra o Presidente do Brasil Epitácio Pessoa e Artur Bernardes, vencedor da eleição presidencial de 1922. Como forma de lembrança da data, tão importante para a História do Brasil, visitei o espetacular Forte de Copacabana e sua arquitetura centenária, totalmente preservada.
O Forte ocupa uma área de quase 115.000 m2 no final da praia de Copacabana, onde, até 1918, ficava a igreja que deu nome ao bairro. Foi inaugurado em 1914, sendo considerado, à época, a praça de guerra mais moderna da América do Sul.
Construído em forma de casamata — instalação fortificada fechada, abobadada e integrada numa fortificação maior à prova de projéteis —, o forte tem 40.000 m2 de área e 12 metros de espessura em suas paredes externas. Contava com canhões alemães Krupp, alojados em cúpulas móveis, e uma usina elétrica própria. Seu amplo espaço interno possui vários corredores e salas que, no passado, eram usados como alojamentos, cozinha, refeitório, enfermaria, depósito de munição e sala de reuniões. Um tour completo por suas antigas celas leva pelo menos meia hora.
O pórtico de entrada, na Praça Coronel Eugênio Franco, n° 1, e a entrada da Praça de Armas foram projetados por Wolmer da Silveira e erguidos de 1918 a 1920.
Atualmente, o forte abriga o Museu Histórico do Exército. A visitação desse espaço à beira-mar pode ser feita de terça a domingo, das 10h às 18h. A entrada custa R$ 6 (R$ 3, a meia); às terças, é gratuita. Há alguns anos, foi instalada uma filial da Confeitaria Colombo na área do Forte, possibilitando um programa completo para todas as famílias.