A noite de entrega da 16ª edição do Prêmio APRT de Teatro, nessa segunda (06/06), no Teatro Claro Rio, em Copacabana, depois de dois anos de pandemia, foi uma alegria coletiva, sem hipocrisia. Com direção artística de Bianca de Felippes e Eduardo Barata e apresentação dos atores Eduardo Moscovis e Cris Vianna, o evento foi também transmitido pelo YouTube da Associação dos Produtores de Teatro (APTR), com 15 premiados das 37 peças que estiveram em cartaz no último ano em todo o País.
A abertura foi uma homenagem ao centenário de Bibi Ferreira, com as atrizes Izabella Bicalho, Ana Carbatti e Ana Paula Black cantando “Gota d’Água”, de Chico Buarque, acompanhadas pela Orquestra Maré do Amanhã, com 40 músicos, regida pelo maestro Filipe Köchem – muito elogiada. Teve também homenagem a Suely Franco, António Pedro, Miriam Mehler e Emiliano Queiroz.
A plateia pirou mesmo foi quando Emiliano Queiroz, 86 anos, puxou, com Leticia Sabatella, a música “Geni e o Zepelin”, de Chico Buarque para a “Ópera do malandro”, aquela que diz “joga pedra na Geni, ela é feita pra apanhar, ela é boa de cuspir, ela dá pra qualquer um, maldita Geni…” – Emiliano interpretou a travesti Geni no espetáculo que estreou em 1978, em plena Ditadura.
A noite terminou com o Grupo Negra Palavra cantando a música “Merda”, de Caetano Veloso – a palavra é usada para desejar sorte numa estreia teatral. Todos cantaram juntos no volume máximo.