O busto que retrata a imperatriz Teresa Cristina, recém-inaugurado na Praça Itália, no Centro, tem dividido opiniões dos cariocas em alguns grupos que acompanham o patrimônio cultural da cidade. A estátua que ficava no local foi roubada em 2019, e a nova foi doada pelo Consulado da Itália — adotante da praça —, criada pelo artista plástico ítalo-brasileiro Gianguido Bonfanti, cujas características de trabalho são obras mutiladas e deformadas.
A anterior adotava o estilo acadêmico, ou seja, esculturas que refletem um traço realista, que os cariocas estão habituados a ver nos espaços públicos. “Gostaria de ressaltar que o projeto foi o resultado de um processo de aprofundamento histórico-conceitual que envolveu estudiosos e acadêmicos italianos e brasileiros, com a participação da Faculdade de Arquitetura de Florença”, disse Paolo Miraglia, cônsul-geral da Itália no Rio.
O rosto de Teresa Cristina foi talhado em bronze, enquanto chapas de aço formam a silhueta, simulando traje típico usado na época Imperial. Segundo o site oficial do consulado, o artista se baseou em mais ou menos 20 imagens da imperatriz para compor a peça, moldada primeiramente em argila para, depois, ter passado pelo processo de fundição usado há 5 mil anos.
Ou seja, para alguns, uma aberração, para outros, arte. Embora recentemente inaugurada, a base de aço já apresenta sinais de oxidação.