Em minhas consultorias, sempre peço que o cliente anote suas receitas e despesas e que analise se elas estão fazendo sentido para sua vida.
Então, depois de começar a anotar seus gastos, um cliente me fez a seguinte pergunta: “Leticia, gastar R$ 1 mil no mês em vinhos é muito?”
Claro que a minha resposta foi: “Depende”!
Depende de quanto você ganha, se você tem espaço para isso no seu orçamento, se esse é um objetivo, se você já tem a sua reserva de emergências… Se você já tem a sua independência financeira…. Enfim, depende de muitos fatores!
Ou seja, não tem uma resposta pronta para esse tipo de pergunta!
Mas a questão é que, se você está me perguntando isso, é porque provavelmente não está confortável com o tamanho desse gasto mensal.
Não sou eu que vou dizer ao cliente se ele deve ou não efetuar aquele gasto — não proíbo nada nem limito nada! Não existe nem certo, nem errado, e não sou eu que vou dizer a uma pessoa o que ela deve ou não gastar.
O meu trabalho é dar os subsídios para que o cliente analise para onde está direcionando os seus recursos e verifique se aquilo faz sentido para ele ou não.
O objetivo do planejamento financeiro é que a pessoa entenda o que realmente importa para ela e direcione os seus recursos para isso. Dessa forma, ficará mais satisfeita com as suas escolhas, será mais feliz por poder alcançar os seus objetivos.
O que não dá é ficar gastando no que não é importante! Planejamento não é sobre restringir os gastos, e, sim, ajudar o cliente a direcioná-los de forma mais assertiva!